segunda-feira, 22 de agosto de 2011
2ª Jornada da Juventude da Forania Rural 2ª Jornada da Juventude da Forania Rural em Rochedo. Será dia 28 de agosto e a estimativa é a participação de mais de 500 jovens. O evento tem por finalidade animar, motivar os jovens para uma vivencia eclesial, e também se comprometendo com a transformação da realidade pautada nos principios do evangelho.
Alento aos desolados com a Igreja
Alento aos desolados com a Igreja
11/08/2011 - por Leonardo BoffAtualmente há muita desolação com referência à Igreja Católica institucional. Verifica-se uma dupla emigração: uma exterior, pessoas que abandonam concretamente a Igreja e outra interior, as que permanecem nela mas não a sentem mais como um lar espiritual. Continuam a crer apesar da Igreja.E não é para menos. O atual Papa tomou algumas iniciativas radicais que dividiram o corpo eclesial. Assumiu uma rota de confronto com dois importantes episcopados, o alemão e francês, ao introduzir a missa em latim; elaborou uma esdrúxula reconciliação com a Igreja cismática dos seguidores de Lefebvre; esvaziou as principais intuições renovadoras do Concílio Vaticano II, especialmente o ecumenismo, negando, ofensivamente, o título de “Igreja” às demais Igrejas que não sejam a Católica e a Ortodoxa; ainda como Cardeal mostrou-se gravemente leniente com os pedófilos; sua relação para com a AIDs beira os limites da desumanidade. A atual Igreja C atólica mergulhou num inverno rigoroso. A base social de apoio ao modelo velhista do atual Papa é constituída por grupos conservadores, mais interessados nas performances mediáticas, na lógica do mercado, do que propor uma mensagem adequada aos graves problemas atuais. Oferecem um “cristianismo-prozac”, apto para anestesiar consciências angustiadas, mas alienado face à humanidade sofredora e às injustiças mundiais e a situação degradada da Terra.Urge animar estes cristãos em vias de emigração com aquilo que é essencial ao Cristianismo. Seguramente não é a Igreja que não foi objeto da pregação de Jesus. Ele anunciou um sonho, o Reino de Deus, em contraposição com o Reino de César, Reino de Deus que representa uma revolução absoluta das relações desde as individuais até as divinas e cósmicas.O Cristianismo compareceu primeiramente na história como movimento e como o caminho de Cristo. Ele é anterior a sua sedimentação nos quatro evangelhos e nas doutrinas. O caráter de caminho espiritual é um tipo de cristianismo que possui seu próprio curso. Geralmente vive à margem e, às vezes, em distância crítica da instituição oficial. Mas nasce e se alimenta do permanente fascínio pela figura e pela mensagem libertária e espiritual de Jesus de Nazaré. Inicialmente tido como “heresia dos Nazarenos” (At 24,5) ou simplesmente “heresia” (At 28,22) no sentido de “grupelho”, o Cristianismo foi lentamente ganhando autonomia até seus seguidores, nos Atos dos Apóstolos (11,36), serem chamados de “cristãos.”O movimento de Jesus certamente é a força mais vigorosa do Cristianismo, mais que as Igrejas, por não estar enquadrado nas instituições ou aprisionado em doutrinas e dogmas. É composto por todo tipo de gente, das mais variadas culturas e tradições, até por agnósticos e ateus que se deixam tocar pela figura corajosa de Jesus, pelo sonho que anunciou, um Reino de amor e de liberdade, por sua ética de amor incondicional, especialmente aos pobres e aos oprimidos e pela forma como assumiu o drama humano, no meio de humilhações, torturas e da execução na cruz. Apresentou uma imagem de Deus tão íntima e amiga da vida, que é difícil furtar-se a ela até por quem não crê em Deus. Muitos chegam a dizer: “se existe um Deus, este deve ser aquele que traz os traços do Deus de Jesus”.Esse cristianismo como caminho espiritual é o que realmente conta. No entanto, de movimento, ele muito cedo ganhou a forma de instituição religiosa com vários modos de organizaçã o. Em seu seio se elaboraram as várias interpretações da figura de Jesus que se transformaram em doutrinas e foram recolhidas pelos atuais evangelhos. As igrejas, ao assumirem caráter institucional, estabeleceram critérios de pertença e de exclusão, doutrinas como referência identitária e ritos próprios de celebrar. Quem explica tal fenômeno é a sociologia e não a teologia. A instituição sempre vive em tensão com o caminho espiritual. Ótimo quando caminham juntas, mas é raro. O decisivo é, no entanto, o caminho espiritual. Este tem a força de alimentar uma visão espiritual da vida e de animar o sentido da caminhada humana.O problemático na Igreja romano-católica é sua pretensão de ser a única verdadeira. O correto é todas as igrejas se reconhecerem mutuamente, pois todas revelam dimensões diferentes e complementares do Nazareno. O importante é que o cri stianismo mantenha seu caráter de caminho espiritual. É ele que pode sustentar a tantos cristãos e cristãs face à mediocridade lamentável e à irrelevância histórica em que caiu a Igreja atual.
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No aniversario da bomba atômica sobre Hiroshima , reveja "Hiroshima, meu amor" e releia Vinicius de Moraes.
A rosa de Hiroxima
Vinicius de Moraes
Vinicius de Moraes
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Internacional da Juventude.
Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Internacional da Juventude.
“Mudar nosso Mundo” é mais do que o tema do Dia Internacional da Juventude deste ano, é uma inspiração para todos os jovens em todos os momentos.
Muitos dos mais de um bilhão de jovens do mundo não têm a educação, a liberdade e as oportunidades que merecem. No entanto, apesar dessas limitações – e, em alguns casos, por causa delas – jovens estão se mobilizando em grande número para construir um futuro melhor. Ao longo do último ano, eles conquistaram resultados impressionantes, derrubando ditaduras e enviando ondas de esperança entre as regiões e ao redor do mundo.
Os jovens são dotados de mentes abertas e uma percepção aguçada das tendências emergentes, e estão levando suas energias, ideias e coragem para alguns dos mais complexos e importantes desafios enfrentados pela família humana. Eles frequentemente entendem melhor do que as gerações mais velhas que as diferenças religiosas e culturais podem ser superadas para alcançar nossos objetivos compartilhados.
Eles estão se levantando pelos direitos das pessoas oprimidas, inclusive daqueles que sofrem com a discriminação baseada em gênero, raça e orientação sexual. Eles estão enfrentando questões sensíveis a fim de parar a propagação do HIV. E eles são muitas vezes os principais defensores da sustentabilidade e dos estilos de vida verde.
A comunidade internacional deve continuar trabalhando em conjunto para expandir as oportunidades para estes jovens homens e mulheres, e responder às suas demandas legítimas por dignidade, desenvolvimento e trabalho decente. Deixar de investir em nossa juventude é uma falsa economia. Investimentos em jovens pagarão grandes dividendos em um futuro melhor para todos.
Este Dia marca o fim do Ano Internacional da Juventude, um marco na advocacia global pelo e para os jovens do mundo. Minha esperança é de que esta experiência possa agora fornecer um fundamento para aprofundar ainda mais o aproveitamento do talento e da energia dos jovens. Para eles eu digo: vocês têm a oportunidade de mudar o mundo. Aproveitem-na.
Padres são contra visita do papa
Padres são contra visita do papa
Redação Carta Capital 10 de agosto de 2011 às 9:08hMais de 100 padres de paróquias pobres de Madri se juntaram ao crescente protesto contra o custo da visita do papa Bento XVI à cidade na próxima semana.
Um fórum de sacerdotes estima que a passagem do religioso pela capital espanhola deva gerar gastos de cerca de 60 milhões de euros, sem incluir despesas com segurança. Segundo eles, o valor não é tolerável em um momento de cortes bilionários no setor público e de índices de desemprego a 20%.
A visita de Bento XVI faz parte do Dia Mundial da Juventude, apoiado por mais de 100 empresas, incluindo a Coca-Cola, Telefônica e Santander. Porém, por meio de redes sociais, mais de 140 grupos já se posicionaram contra o evento e planejam protestos.
O maior alvo das queixas é a gratuidade do transporte público para os cerca de 500 mil peregrinos esperados para o evento, poucos dias após o metrô aumentar o preço das passagens em 50% e anunciar o corte de cerca de 40 milhões de euros do orçamento da educação.
Tática agressiva
Segundo uma recente pesquisa do Escritório Nacional de Estatísticas da Espanha, o número de fieis entre 18 e 24 anos no país caiu 56% nos últimos dez anos. Motivo pelo qual o diretor executivo do evento, Yago de la Cierva, justificou, ao jornal britânico The Guardian, o investimento no Dia Mundial da Juventude. “Os jovens gostam de grandes eventos e a igreja usa todas as ferramentas existentes para apresentar a mensagem de Jesus Cristo”.
Em novembro do ano passado, uma visita de Bento XVI a Barcelona também gerou polêmica. O custo estimado foi de meio milhão de euros, além dos valores com segurança, transporte e acomodação do papa e de outras mil autoridades que o acompanham, pagos pelo governo da Catalunha.
Na cidade, houve protestos contra o posicionamento da igreja Católica em relação à homossexualidade e à proibição do uso da camisinha como medida de prevenção à gravidez e doenças sexualmente transmissíveis.
Na mochila vai o amor, a esperança , a fé e a coragem!
Na mochila vai o amor, a esperança , a fé e a coragem!
“Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (Cl 2,7)
Com toda certeza, os próximos dias; os que virão, trarão neles uma figura bem presente no cotidiano: A mochila, a mala, a estrada. Eu peregrino.
Neste momento, dias antes de partir, não me atrevo a dimensionar aquilo que vivenciarei na Jornada Mundial da Juventude, em Madrid. Não sei o que lá encontrarei, mas conheço a força que convoca estes milhares de jovens de tantos lugares diferentes, realidades diferentes, culturas diferentes não somente para um grande encontro. Mas o encontro com a pessoa e a proposta do jovem de Nazaré, Jesus Cristo.
E quem vai ao encontro, vai em busca. Vai e vê, mas depois retorna para o lugar aonde lhe é permitido viver. E o caminho de ida, via de regra, é o mesmo caminho de volta. No entanto, sei que não voltarei o mesmo. As marcas do caminho permanecem no retorno.
E nessa viagem, volto a pensar na mochila: Toda mochila de um viajante leva nela o essencial. Estritamente essencial. E isso tudo me ensina que na vida, por muitos momentos seremos convocados a escolher o essencial, tirar o excesso de bagagem com quinquilharias, supérfluos, etc. A mochila, portanto, me ensina a escolher aquilo que realmente importa. E tudo que é essencial, dispensa por si o que não é. Aprendo o significado do desprendimento.
Contudo, felizmente nem tudo segue esta mesma regra. O coração tem lugar para tudo: Amor, coragem, esperança, ousadia e fé... A mochila voltará do mesmo jeito que vai, mas o coração certamente volta abastecido de vida e esperança!
Lembro-me dos ensinamentos de Emaús. Os mesmos que vão, retornam pelo caminho com um novo olhar, um novo ardor. Espero, portanto retornar ao povo que me envia. A missão continua!
Coragem no caminho!
Marcos Tramontin Serafim
Pastoral da Juventude da Diocese de Criciúma
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"Outro mundo é possível, vamos fazer"
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Marcos Tramontin Serafim
Teias da Comunicação - SUL4
Coordenador Diocesano da Pastoral da Juventude - Diocese de Criciúma | SC
48 3527-0770 | 48 9944-2855
Skype: marcostramontin
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"O jovem não é indiferente" - PJE no Jornal Mundo Jovem
"O jovem não é indiferente" - PJE no Jornal Mundo Jovem |
Como é ser jovem e ser estudante em nossos dias? Em 2002 a Pastoral da Juventude propôs a Semana do Estudante.
A ideia é trazer para o centro da escola e do espaço do jovem o debate sobre a educação, os grandes anseios da vida do estudante que se refletem na sociedade e relacionar todas as discussões estudantis com a realidade social. Conversamos com a jovem Tábata Silveira dos Santos.
A ideia é trazer para o centro da escola e do espaço do jovem o debate sobre a educação, os grandes anseios da vida do estudante que se refletem na sociedade e relacionar todas as discussões estudantis com a realidade social. Conversamos com a jovem Tábata Silveira dos Santos.
Tábata Silveira dos Santos,
estudante de Direito, militante do movimento estudantil, ex-secretária e articuladora da Pastoral da Juventude Estudantil.
Endereço eletrônico: tabatapje@yahoo.com.br
Mundo Jovem: O que é ser jovem hoje?
Tábata Silveira: Para saber quem é o jovem é preciso um esforço, pois não é um conceito estagnado. Tudo está em movimento e vários fatores vão interferir. Por um lado, objetivamente falando, o jovem é desempregado ou mal empregado, sofre muita violência, há um grande número de jovens encarcerados, é estigmatizado pela sua condição de ser jovem, há uma sensação de desconfiança etc. E subjetivamente falando, o jovem se sente muito cobrado para produzir resultados, para ser alguém que nem sempre é o que ele deseja ser. E a reação a isso pode resultar numa certa passividade. Não é uma inércia total, mas uma resposta a uma ação externa.
Mundo Jovem: Como é ser jovem estudante?
Tábata Silveira: Penso que ser jovem estudante hoje é estar condicionado por uma espécie de disputa ideológica. Porque temos uma preocupação forte com o futuro. E sinto que o nosso futuro é disputado por forças: por um lado, o mercado de trabalho e, em alguns casos, a nossa família nos pressionando para que trabalhemos. E, por outro lado, temos um monte de sonhos, de vontade de ser o que de fato somos, vontade de seguir os nossos desejos. Ainda temos a televisão e as ferramentas desse sistema que vão nos condicionando a ser aquilo que não queremos ser.
Outra coisa do ser estudante é que a escola nos impõe uma condição apenas de aprendiz, sem possibilidade de intervir. Somos considerados objetos da educação e não sujeitos dela, por mais que existam estudantes que se movimentem contrariamente a isso. Existem, sim, jovens que se organizam por uma educação diferente, mas sabemos que a massa estudantil de fato aceita a realidade da escola assim como ela é.
Mundo Jovem: Como o jovem gostaria que fosse a escola?
Tábata Silveira: Hoje, estudar é um dever, não é só um direito. Ser obrigado a ir à escola pode parecer chato quando significa entrar para a máquina e fazer parte da esteira dos iguais. Desde o golpe militar de 1964, temos um modelo de escola igual. Talvez nos últimos anos as escolas tenham andado alguns passos. Mas ainda não se promove o encontro, a partilha do saber... as coisas legais que gostaríamos de saber e de ser.
Há uma tentação de acreditar que todos são iguais e que o jovem não pode nos dar esperança. Mas quando chegamos junto com os jovens, encontramos uma realidade bem diferente do que a televisão mostra. Porque o jovem é criativo, tem uma capacidade fantástica de inventar e surpreender. Não que o jovem seja a grande esperança do mundo; a humanidade inteira deve ser esta esperança. Porém essa discussão serve para reconhecermos o jovem como sujeito capaz de criar. O adulto deve romper com estes muros de achar que só ele detém o lado certo das coisas, e oportunizar ao jovem a sua capacidade de criar.
Mundo Jovem: A escola valoriza as culturas juvenis?
Tábata Silveira: De um modo geral, os estudantes não são convidados a trazer a sua cultura para a escola. Parece que estudamos uma cultura abstrata, que está pairando sobre a realidade da escola. Mas temos avançado, especialmente na escola pública, no sentido de poder acessar políticas públicas e ter mais presente a realidade das comunidades de onde vêm nossas origens. Esta é a proposta da Semana do Estudante: viver e acessar essas raízes da resistência e da diversidade cultural. Ainda se convive muito com o racismo, com a intolerância entre as diferentes culturas. E a escola, apesar de ser invadida pelos meios de comunicação, é um espaço privilegiado de acolher culturas, de aprender com o diferente, de se ver no outro, de ajudar o jovem a se encontrar e também a perceber que o Brasil é muito mais do que aquilo que a televisão mostra.
Mundo Jovem: É possível comparar o jovem de hoje com o dos anos 1960/70?
Tábata Silveira: O contexto é outro. Naquela época, o contexto era mais instigante, porque o inimigo era muito claro. Existia uma lógica mundial de ditaduras e de opressão ao Sul do mundo. Então, havia uma luta pela libertação, contra o Norte. Eu acho que essa confusão que se tem hoje, essa tentativa pós-moderna de colocar na cabeça do jovem que é tudo muito incerto, e que não necessariamente se devam fazer lutas, causa um certo mal-estar.
Acredito que o movimento estudantil, mais do que nunca, tem um papel fundamental no sentido de romper com a ideia de que a educação deve estar a serviço do sistema que oprime a maioria. Mas é importante dizer que o movimento estudantil, além desse desafio maior, tem lutas específicas.
Mundo Jovem: Quais são essas lutas?
Tábata Silveira: Na universidade, há uma luta pela inclusão racial e social no Ensino Superior, que são as cotas. Apesar de ser uma lei já aprovada, ainda é um problema que requer reconhecimento. Há também a questão da mulher nos espaços de educação. Na verdade, a pauta do dia é contra as opressões, contra a homofobia, contra o machismo, contra o racismo.
A questão da ecologia também está presente, apesar de ser uma pauta confusa, porque o meio ambiente está sendo afetado pelo sistema capitalista, todos sabem, e o jovem tem se indignado muito com isso, mas não tem alguém para ser “atacado” diretamente. É uma luta difusa e impessoal. Todos sentem que devem fazer alguma coisa, mas ninguém faz.
Mundo Jovem: E há resultados dessas lutas?
Tábata Silveira: Eu entendo que um grande desafio para o movimento estudantil é repensar a sua forma. O problema é o método, não é o conteúdo. E nesse sentido os resultados poderiam ser bem maiores. A cultura é um caminho de diálogo com o próprio estudante. Os grandes atos, as grandes manifestações que acontecem hoje em dia não conseguem agregar tanta gente e por isso são poucas vozes gritando, e que correm o risco de serem ridicularizadas pelos colegas. Transitando pelas escolas e universidades, o que se percebe é a questão da forma do movimento estudantil. Como é que vai fazer para dialogar com os estudantes para ser real e cumprir o seu papel, que é organizar os estudantes para lutarem por uma sociedade diferente?
Mundo Jovem: Então não dá para dizer que o jovem de hoje é indiferente?
Tábata Silveira: Não dá para dizer que o jovem é indiferente. Existe a tentativa de construir essa ideia de que o jovem é apático. Nas avaliações que as Pastorais da Juventude têm feito, a conclusão é que o jovem se incomoda muito porque sofre diretamente as consequências do sistema capitalista. E não tem como uma pessoa que sofre muito ser apática. Ser indiferente é não perceber que as coisas estão acontecendo. A dificuldade que existe é encontrar meios de organização.
O jovem sente na própria pele, pela violência que existe hoje, principalmente nas periferias, a questão da discriminação, a dificuldade de conseguir emprego. Apesar de as estatísticas mostrarem que o índice de desemprego está diminuindo, parece que há uma certa desconfiança com relação ao jovem.
Mundo Jovem: A internet pode contribuir nas lutas do jovem?
Tábata Silveira: É evidente que a juventude é fortemente atraída pelas tecnologias, pela possibilidade de se comunicar através do computador. E eu acredito que isso é a manifestação de uma resposta a uma pergunta que nos fazemos: quem somos? A internet parece conceder esta liberdade para sermos exatamente o que somos. Podemos selecionar as melhores fotos para que as pessoas nos vejam do jeito que queremos ser vistos. Acho importante o jovem poder se projetar numa perspectiva ideal.
Por outro lado, a internet traz o aspecto de que nos distancia fisicamente uns dos outros. E para a questão central do estudante, que são suas lutas, a internet é uma ferramenta limitada. Dá para dizer que a internet pode contribuir, mas nada consegue substituir o espaço de debate, de construção coletiva presencial.
Mundo Jovem: É possível mudar a realidade? Que caminhos trilhar?
Tábata Silveira: Os partidos políticos identificados com os movimentos sociais têm muitas pautas urgentes, muitas bandeiras. Há a questão da ecologia, questões raciais, das mulheres, dos trabalhadores etc. E quando se olha para essa diversidade de bandeiras, a sensação para quem é militante de movimento estudantil e de pastoral é de que a luta é dispersa, não é unida. Há uma luta, mas parece que não se sabe especificamente contra o que se está lutando. E isso dificulta a mudança. Por outro lado, há um pressuposto para a mudança. Paulo Freire dizia que é preciso acreditar que é possível mudar.
Penso que podemos nos inspirar na forma de viver indígena, de sentar na roda, de um não ser mais do que o outro, de se compreender como se fosse uma grande família. Dessa forma, é possível traçar um projeto comum e caminhar lutando para que ele aconteça.
Então, primeiro, acreditar que é possível mudar; depois, buscar uma unidade entre os movimentos. Se continuarmos numa postura de cada um lutar pelas suas bandeiras, caminharemos cada vez mais para o individualismo, que é totalmente contrário ao projeto de sociedade mais justa. E quando se fala na possibilidade, é importante lutar a partir do lugar onde se está. Quem está na escola, deve lutar dentro dela, sem esperar ficar maior de idade para entrar para a política etc. Quem já está trabalhando, pode lutar por um salário mais justo, pensar num sentido de trabalho humanizador. Todo o espaço é legítimo para a luta.
confira mais em: http://www.mundojovem.com.br/ Tábata Silveira: Para saber quem é o jovem é preciso um esforço, pois não é um conceito estagnado. Tudo está em movimento e vários fatores vão interferir. Por um lado, objetivamente falando, o jovem é desempregado ou mal empregado, sofre muita violência, há um grande número de jovens encarcerados, é estigmatizado pela sua condição de ser jovem, há uma sensação de desconfiança etc. E subjetivamente falando, o jovem se sente muito cobrado para produzir resultados, para ser alguém que nem sempre é o que ele deseja ser. E a reação a isso pode resultar numa certa passividade. Não é uma inércia total, mas uma resposta a uma ação externa.
Mundo Jovem: Como é ser jovem estudante?
Tábata Silveira: Penso que ser jovem estudante hoje é estar condicionado por uma espécie de disputa ideológica. Porque temos uma preocupação forte com o futuro. E sinto que o nosso futuro é disputado por forças: por um lado, o mercado de trabalho e, em alguns casos, a nossa família nos pressionando para que trabalhemos. E, por outro lado, temos um monte de sonhos, de vontade de ser o que de fato somos, vontade de seguir os nossos desejos. Ainda temos a televisão e as ferramentas desse sistema que vão nos condicionando a ser aquilo que não queremos ser.
Outra coisa do ser estudante é que a escola nos impõe uma condição apenas de aprendiz, sem possibilidade de intervir. Somos considerados objetos da educação e não sujeitos dela, por mais que existam estudantes que se movimentem contrariamente a isso. Existem, sim, jovens que se organizam por uma educação diferente, mas sabemos que a massa estudantil de fato aceita a realidade da escola assim como ela é.
Mundo Jovem: Como o jovem gostaria que fosse a escola?
Tábata Silveira: Hoje, estudar é um dever, não é só um direito. Ser obrigado a ir à escola pode parecer chato quando significa entrar para a máquina e fazer parte da esteira dos iguais. Desde o golpe militar de 1964, temos um modelo de escola igual. Talvez nos últimos anos as escolas tenham andado alguns passos. Mas ainda não se promove o encontro, a partilha do saber... as coisas legais que gostaríamos de saber e de ser.
Há uma tentação de acreditar que todos são iguais e que o jovem não pode nos dar esperança. Mas quando chegamos junto com os jovens, encontramos uma realidade bem diferente do que a televisão mostra. Porque o jovem é criativo, tem uma capacidade fantástica de inventar e surpreender. Não que o jovem seja a grande esperança do mundo; a humanidade inteira deve ser esta esperança. Porém essa discussão serve para reconhecermos o jovem como sujeito capaz de criar. O adulto deve romper com estes muros de achar que só ele detém o lado certo das coisas, e oportunizar ao jovem a sua capacidade de criar.
Mundo Jovem: A escola valoriza as culturas juvenis?
Tábata Silveira: De um modo geral, os estudantes não são convidados a trazer a sua cultura para a escola. Parece que estudamos uma cultura abstrata, que está pairando sobre a realidade da escola. Mas temos avançado, especialmente na escola pública, no sentido de poder acessar políticas públicas e ter mais presente a realidade das comunidades de onde vêm nossas origens. Esta é a proposta da Semana do Estudante: viver e acessar essas raízes da resistência e da diversidade cultural. Ainda se convive muito com o racismo, com a intolerância entre as diferentes culturas. E a escola, apesar de ser invadida pelos meios de comunicação, é um espaço privilegiado de acolher culturas, de aprender com o diferente, de se ver no outro, de ajudar o jovem a se encontrar e também a perceber que o Brasil é muito mais do que aquilo que a televisão mostra.
Mundo Jovem: É possível comparar o jovem de hoje com o dos anos 1960/70?
Tábata Silveira: O contexto é outro. Naquela época, o contexto era mais instigante, porque o inimigo era muito claro. Existia uma lógica mundial de ditaduras e de opressão ao Sul do mundo. Então, havia uma luta pela libertação, contra o Norte. Eu acho que essa confusão que se tem hoje, essa tentativa pós-moderna de colocar na cabeça do jovem que é tudo muito incerto, e que não necessariamente se devam fazer lutas, causa um certo mal-estar.
Acredito que o movimento estudantil, mais do que nunca, tem um papel fundamental no sentido de romper com a ideia de que a educação deve estar a serviço do sistema que oprime a maioria. Mas é importante dizer que o movimento estudantil, além desse desafio maior, tem lutas específicas.
Mundo Jovem: Quais são essas lutas?
Tábata Silveira: Na universidade, há uma luta pela inclusão racial e social no Ensino Superior, que são as cotas. Apesar de ser uma lei já aprovada, ainda é um problema que requer reconhecimento. Há também a questão da mulher nos espaços de educação. Na verdade, a pauta do dia é contra as opressões, contra a homofobia, contra o machismo, contra o racismo.
A questão da ecologia também está presente, apesar de ser uma pauta confusa, porque o meio ambiente está sendo afetado pelo sistema capitalista, todos sabem, e o jovem tem se indignado muito com isso, mas não tem alguém para ser “atacado” diretamente. É uma luta difusa e impessoal. Todos sentem que devem fazer alguma coisa, mas ninguém faz.
Mundo Jovem: E há resultados dessas lutas?
Tábata Silveira: Eu entendo que um grande desafio para o movimento estudantil é repensar a sua forma. O problema é o método, não é o conteúdo. E nesse sentido os resultados poderiam ser bem maiores. A cultura é um caminho de diálogo com o próprio estudante. Os grandes atos, as grandes manifestações que acontecem hoje em dia não conseguem agregar tanta gente e por isso são poucas vozes gritando, e que correm o risco de serem ridicularizadas pelos colegas. Transitando pelas escolas e universidades, o que se percebe é a questão da forma do movimento estudantil. Como é que vai fazer para dialogar com os estudantes para ser real e cumprir o seu papel, que é organizar os estudantes para lutarem por uma sociedade diferente?
Mundo Jovem: Então não dá para dizer que o jovem de hoje é indiferente?
Tábata Silveira: Não dá para dizer que o jovem é indiferente. Existe a tentativa de construir essa ideia de que o jovem é apático. Nas avaliações que as Pastorais da Juventude têm feito, a conclusão é que o jovem se incomoda muito porque sofre diretamente as consequências do sistema capitalista. E não tem como uma pessoa que sofre muito ser apática. Ser indiferente é não perceber que as coisas estão acontecendo. A dificuldade que existe é encontrar meios de organização.
O jovem sente na própria pele, pela violência que existe hoje, principalmente nas periferias, a questão da discriminação, a dificuldade de conseguir emprego. Apesar de as estatísticas mostrarem que o índice de desemprego está diminuindo, parece que há uma certa desconfiança com relação ao jovem.
Mundo Jovem: A internet pode contribuir nas lutas do jovem?
Tábata Silveira: É evidente que a juventude é fortemente atraída pelas tecnologias, pela possibilidade de se comunicar através do computador. E eu acredito que isso é a manifestação de uma resposta a uma pergunta que nos fazemos: quem somos? A internet parece conceder esta liberdade para sermos exatamente o que somos. Podemos selecionar as melhores fotos para que as pessoas nos vejam do jeito que queremos ser vistos. Acho importante o jovem poder se projetar numa perspectiva ideal.
Por outro lado, a internet traz o aspecto de que nos distancia fisicamente uns dos outros. E para a questão central do estudante, que são suas lutas, a internet é uma ferramenta limitada. Dá para dizer que a internet pode contribuir, mas nada consegue substituir o espaço de debate, de construção coletiva presencial.
Mundo Jovem: É possível mudar a realidade? Que caminhos trilhar?
Tábata Silveira: Os partidos políticos identificados com os movimentos sociais têm muitas pautas urgentes, muitas bandeiras. Há a questão da ecologia, questões raciais, das mulheres, dos trabalhadores etc. E quando se olha para essa diversidade de bandeiras, a sensação para quem é militante de movimento estudantil e de pastoral é de que a luta é dispersa, não é unida. Há uma luta, mas parece que não se sabe especificamente contra o que se está lutando. E isso dificulta a mudança. Por outro lado, há um pressuposto para a mudança. Paulo Freire dizia que é preciso acreditar que é possível mudar.
Penso que podemos nos inspirar na forma de viver indígena, de sentar na roda, de um não ser mais do que o outro, de se compreender como se fosse uma grande família. Dessa forma, é possível traçar um projeto comum e caminhar lutando para que ele aconteça.
Então, primeiro, acreditar que é possível mudar; depois, buscar uma unidade entre os movimentos. Se continuarmos numa postura de cada um lutar pelas suas bandeiras, caminharemos cada vez mais para o individualismo, que é totalmente contrário ao projeto de sociedade mais justa. E quando se fala na possibilidade, é importante lutar a partir do lugar onde se está. Quem está na escola, deve lutar dentro dela, sem esperar ficar maior de idade para entrar para a política etc. Quem já está trabalhando, pode lutar por um salário mais justo, pensar num sentido de trabalho humanizador. Todo o espaço é legítimo para a luta.
Aonde vais, Igreja? Leitura das novas Diretrizes Gerais da CNBB
Aonde vais, Igreja? Leitura das novas Diretrizes Gerais da CNBBPaulo Suess
Paulo Suess
Missiólogo e assessor teológico do Cimi
Adital
No início da Via Appia Antica, na saída de Roma, se encontra a pequena Igreja Quo vadis, Domine ("Aonde vais, Senhor?”). Ela lembra a lenda de uma fuga e a história de uma perseguição. Segundo a lenda, o apóstolo Pedro teria fugido das perseguições do imperador Nero (54-68) e se encontrou, no perímetro da Quo-vadis-Domine, com Jesus ressuscitado. À pergunta de Pedro "Aonde vais, Senhor?”, Jesus teria respondido "vou a Roma para ser novamente crucificado”. Neste exato momento, em que o afrouxamento do espírito de pertença à Igreja Católica aponta a diferentes razões de fuga, a CNBB procurou em suas "Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2011-2015” (DGAE 2011) responder à pergunta: "Aonde vais, Igreja?”
1. Do objetivo geral
Para nossa reflexão sobre caminhar histórico e direção contemporânea da Igreja no Brasil pode ser fecundo comparar o objetivo da XVII Assembleia Geral da CNBB, de abril de 1979, com os objetivos das DGAE de 2008 e de 2011. O Objetivo geral de 1979 rezava:
1979Evangelizara sociedade brasileira em transformação,
a partir da opção pelos pobres,
pela libertação integral do homem,
numa crescente participação e comunhão,
visando à construção de uma sociedade fraterna,
anunciando assim o Reino definitivo.
a partir da opção pelos pobres,
pela libertação integral do homem,
numa crescente participação e comunhão,
visando à construção de uma sociedade fraterna,
anunciando assim o Reino definitivo.
Se colocarmos o novo Objetivo geral das Diretrizes de 2011 ao lado do Objetivo de 2008 e compararmos ambos com o de 1979, temos uma informação "objetiva” sobre mudanças significativas e continuidades a longo e curto prazo. Nos Objetivos de 2008 e 2011, com ênfase no discipulado missionário, percebe-se a influência de novos setores e movimentos. Estes, nos últimos anos, ganharam força na Igreja Católica, influenciaram fortemente o evento de Aparecida (2007) e se sintonizaram mais com o discurso universal, genericamente romano, do que com os contextos geográficos, onde deveriam estar enraizados:
2008 | 2011 |
Evangelizar,a partir do encontro com Jesus Cristo, como discípulos missionários, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobrespromovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, participando da construção "para que todos tenham vidae a tenham em abundância” (Jo 10,10). | Evangelizar,a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobrespara que todos tenham vida (cf. Jo 10,10)rumo ao Reino definitivo. |
A continuidade verbal das DGAE está na própria evangelização, na opção pelos pobres e no anúncio do Reino de Deus e da Vida. As mudanças significativas que se percebem nos Objetivos gerais de 2011 se encontram em seu cunho nitidamente introvertido. A Igreja das Diretrizes gira em torno de si mesma e perdeu, aparentemente, o horizonte da "libertação integral do homem” (1979) e da "construção de uma sociedade justa e solidária” (2008) de outros tempos. As palavras-chave, na ordem das Diretrizes de 2011 são: evangelizar, Jesus Cristo, Espírito Santo, Igreja discípula, missionária e profética (sem respaldo significativo no próprio texto das Diretrizes), Palavra de Deus, Eucaristia, (finalmente!) a opção preferencial pelos pobres, vida e Reino.
Há uma divergência sobre o ponto de partida para a evangelização: evangelizar "a partir da opção pelos pobres” (1979) ou evangelizar "a partir de Jesus Cristo” (2011) que alguns bispos consideram uma tautologia. Evangelizar a partir da realidade social ou da revelação e doutrina? O "a partir de” pode apontar para um ponto de partida geográfico-social ("a partir do lugar dos pobres”) ou para uma fonte doutrinal ("a partir de Jesus Cristo”). Não devemos confundir "lugar” com "fonte”. Para definir o uso da fonte doutrinal, precisa-se dizer antes a partir de que lugar sociogeográfico se faz uso daquela fonte. A fonte é um instrumento a serviço da causa dos pobres. "Fonte” e "lugar” apontam para níveis diferentes. Uma solução atenuante se oferece através da aproximação de Jesus Cristo aos pobres, portanto, da "fonte” ao "lugar”, como está implícito no "julgamento das nações”, de Mt 25,31-46.
O Objetivo geral das DGAE 2011 aponta para essa discussão de fundo, que é uma discussão semântica e metodológica. Ela procura esclarecer o conceito de realidade e versa sobre a aceitação da metodologia do ver, julgar, agir e da precedência do "lugar social” ante a "fonte doutrinal”.
2. Da realidade
Na 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida (2007), o papa Bento XVI assumiu essa questão e tranquilizou o ambiente, dando, aparentemente, razão a gregos e a troianos. Deve-se, antes de tudo, saber que a metodologia do ver-julgar-agir não é uma invenção da Teologia da Libertação. Trata-se de uma herança da Juventude Operária Católica (JOC), da Bélgica, assumida pelo papa João XXIII, em sua Carta Encíclica Mater et Magistra, de 1961 (MM 236). Por conseguinte, Bento XVI, em Aparecida, não teve mais a possibilidade de rejeitar a metodologia do ver, julgar, agir, mas introduziu nela acréscimos significativos.
A análise da realidade, em documentos eclesiais latino-americanos, está muito ligada ao lugar da "opção preferencial pelos pobres”. No Objetivo geral das DGAE 2011, a opção preferencial pelos pobres está no último lugar possível e seu conteúdo fica aquém da proposta de Aparecida que deu um novo peso a essa opção explicando o significado do "preferencial”, nas DGAE apenas formalmente citada (69): "Que seja preferencial implica que deva atravessar todas as nossas estruturas e prioridades pastorais” (DAp 396).
A opção pelos pobres e pelos "outros” nos coloca em meio a conflitos centrais da humanidade, conflitos que exigem discernimentos e "análise da realidade”. Discernir quer dizer distinguir entre diferentes níveis dessa realidade. Nas Diretrizes de 2011, essa realidade é descrita com certo pessimismo. As "marcas de nosso tempo”, segundo as Diretrizes, são transformações profundas. Em tempos desnorteadores (20) perdemos valores, referenciais e critérios. Tudo isso produz: relativismo, fundamentalismo, laicismo militante contra a Igreja, irracionalidade midiática, amoralismo generalizado (20). Somos dominados por leis do mercado, lucro, bens materiais, hedonismo, sucesso pessoal, individualismo. As Diretrizes acrescentam ainda como "marcas de nosso tempo”: corrupção, violência, narcotráfico, emocionalismo, sentimentalismo, utilitarismo (21 e 22).
O tópico dos "sinais dos tempos”, as Diretrizes mencionam duas vezes (24, 140), sem apontar para seu conteúdo. Quais são esses sinais dos tempos? Qual é seu significado? De fato, a Igreja das Diretrizes não soube nomear os sinais do tempo de hoje. Preocupações internas dificultam a percepção daquilo que Deus nos quer dizer através do mundo. Essa incapacidade de ver Deus atuar fora da Igreja nos faz lembrar a gigantesca coragem de João XXIII que, em sua Carta Encíclica Pacem in Terris (1963), soube ler os "fenômenos [que] caracterizam a nossa época” como "sinais dos tempos”: a emancipação da classe operária, das mulheres e dos países colonizados (cf. PT 39ss), o reconhecimento crescente dos "laços comuns da natureza” que unem a humanidade (PT 126-129) e a Declaração Universal dos Direitos do Homem (PT 142ss).
Em seu Discurso Inaugural (DI) da Conferência de Aparecida, Bento XVI sublinhou a base cristológica da opção pelos pobres. Repetidas vezes o DAp cita essa parte do DI (148, 392, 405, 505). A articulação cristológica e, em sua consequência, trinitária da opção pelos pobres faz dessa opção, e de seus desdobramentos concretos, não só imperativos pastorais irrevogáveis, mas premissa da teologia latino-americana e de sua análise da realidade. Isso nos permite escutar as perguntas de Bento XVI sobre a realidade em geral, a partir da nossa realidade latino-americana e caribenha: "O que é esta `realidade´? O que é o real? São `realidade´ só os bens materiais, os problemas sociais, econômicos e políticos?” Os sistemas marxistas e capitalistas "falsificam o conceito de realidade com a amputação da realidade fundante, e por isso decisiva, que é Deus”. E o papa continua: "Só quem reconhece Deus, conhece a realidade e pode responder a ela de modo adequado e realmente humano”.
Pelo bem da verdade temos que acrescentar que não só sistemas ateístas, mas também religiões e, inclusive o cristianismo, podem responder inadequadamente aos reclamos da realidade. Em seguida temos de admitir que nessa visão da realidade se trata de uma mescla de dois níveis de realidade, de uma teológica sobreposta a uma sociológica.
Entretanto, é possível, numa teologia contextual articular os dois níveis da realidade, nos termos cristológicos de Calcedônia, sem confusão (inconfuse) e sem separação (indivise). O Cristo da fé assumiu como Jesus de Nazaré a cruz, que nos protege "da fuga para o intimismo”, como disse o papa, e de interpretações ideológicas da realidade. A análise da realidade com a premissa da opção pelos pobres, que significa "ver Deus nos rostos dos pobres”, não permite o abandono da realidade sociológica nem a sua redução aos grandes problemas econômicos, sociais e políticos. Mas, igualmente, não permite voltar a um Credo desencarnado ou a um Pai-Nosso sem pensar o "pão nosso” de toda a humanidade.
O prefixo de uma cristologia gloriosa em documentos oficiais recentes da Igreja, quase paralelo à realidade das vítimas dos sistemas e dos crucificados da história, se torna repetitivo, cansativo e distante do povo de Deus. Esse povo de Deus que, provavelmente, não se reconhece nas Diretrizes, ama Jesus e se reconhece, sobretudo, em Jesus crucificado. A Igreja precisa reaprender a falar de Jesus crucificado nos pobres. Nos DGAE 2011, a cruz aparece duas vezes (5, 69) e apenas uma vez essas Diretrizes falam do martírio (3).
3. Da estrutura
A 49ª Assembleia Geral, de 2011, considerou sumariamente "a mudança de época como maior desafio” (27). O tópico da "mudança de época” faz, no mínimo, dez anos que aparece em documentos eclesiais. Na estrutura das DGAE 2011 não somos mais confrontados com desafios do mundo, mas com cinco urgências da Igreja na ação evangelizadora, urgências que representam escolhas caseiras e reparos institucionais dos estragos que a mudança de época causa às Igrejas. Eis as cinco urgências que no IV capítulo das Diretrizes se tornam cinco "perspectivas de ação”:
(1) Igreja em estado permanente de missão;
(2) Igreja: casa de iniciação à vida cristã;
(3) Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral;
(4) Igreja: comunidade de comunidades;
(5) Igreja a serviço da vida plena para todos.
(2) Igreja: casa de iniciação à vida cristã;
(3) Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral;
(4) Igreja: comunidade de comunidades;
(5) Igreja a serviço da vida plena para todos.
Como a "opção preferencial pelos pobres” no Objetivo geral, também a verdadeira razão de ser da Igreja, estar "a serviço da vida plena para todos”, se encontra em último lugar nas perspectivas de ação. O quê é realmente urgente na Igreja? Urgente é o grito dos pobres, a dor dos excluídos, a cruz dos injustiçados! O resto são tarefas permanentes (estado permanente de missão, iniciação à vida cristã, animação bíblica, construção de comunidades). Com as urgências, os autores das DGAE não conseguem, como é a sua intenção, "ultrapassar uma pastoral de mera conservação ou manutenção para assumir uma pastoral decididamente missionária, numa atitude que, corajosa e profeticamente, [Aparecida] chamou de conversão pastoral” (DAp 370, DGAE 2011 n. 26).
Não podemos trocar desafios por urgências! E as Diretrizes admitem que as urgências elencadas nem sempre correspondam aos desafios reais (131). A urgência das DGAE 2011 aponta, como uma espécie de PAC (Programa de Aceleração dos Católicos) eclesial apenas para a velocidade, não para o caminho. Pela falta de recursos e agentes de pastoral nas periferias das nossas grandes cidades, os ministros que restam se tornaram, muitas vezes, missionários e missionárias de Fórmula 1, sobrecarregados com tarefas e distâncias. Estão "na onda” da aceleração exigida pelo mercado e agora pelas DGAE.
No conjunto das Diretrizes não falta uma cesta básica de desafios. O que falta é a devida priorização. Todos os desafios são subordinados à "mudança de época como o maior desafio a ser atualmente enfrentado” (27, cf. 26): educação na fé (40, 98), ambientes virtuais (59), mundo plural, globalizado, urbanizado e individualista (60), diversificação dos ministérios leigos, a vida dos abandonados, excluídos, ignorados em sua miséria e dor (66). As Diretrizes elencam ainda outros desafios: juventude (81), ecumenismo (82), diálogo interreligioso (83), missão ad gentes (84), testemunho de Cristo e dos valores do Reino (91), aproximação entre fé e razão (117).
Como já mencionamos, as urgências, que representam as partes centrais das DGAE (capítulo III e IV), são precedidas por uma reflexão cristológica, como ponto de partida (capítulo I), e por "Marcas de nosso tempo” (capítulo II). O capítulo V propõe a operacionalização dessas urgências nas Igrejas particulares através de "um processo de planejamento”. Para este propõe sete passos metodológicos, que as próprias DGAE nem sempre seguem.
Aos sete passos metodológicos correspondem sete perguntas: Onde estamos (1)? Onde precisamos estar (2)? Quais são as urgências pastorais (3)? O que queremos alcançar (4)? Como vamos agir (5)? O que vamos fazer (6)? Como renovar as estruturas (7)? Infelizmente, as perguntas bem feitas não podem romper o círculo de giz eclesiocêntrico previamente estabelecido.
4. Nas entrelinhas
O que não pode ser dito na praça pública, atravessa as Diretrizes nas entrelinhas. Queria destacar algumas dessas palavras quase clandestinas que permitem uma leitura mais profunda do que funcional das DGAE. Na esteira de Aparecida, as DGAE desenvolvem um guia de densa espiritualidade para o discípulo missionário universal em torno dos substantivos "alteridade” e "gratuidade”. Aparecida nos lembrou que "na generosidade dos missionários se manifesta a generosidade de Deus, na gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho” (DAp 31). As DGAE 2011 continuam: "As atitudes de alteridade e gratuidade marcam a vida do discípulo missionário de todos os tempos. Alteridade se refere ao outro, ao próximo, àquele que, em Jesus Cristo, é meu irmão ou minha irmã, mesmo estando do outro lado do planeta” (8). As DGAE, quando falam do outro como irmão e do apostolado como graça, enfatizam, em determinados enxertos, a fonte cristológica: "Gratuidade e alteridade são, portanto, modos de compreender o que há de mais decisivo em Jesus Cristo: a saída de si, rumo à humanidade [...]” (12).
Na acolhida do outro acolhemos Jesus e na acolhida de Jesus, que se fez Palavra do Pai, acolhemos o outro (cf. 50s). As diferenças nos convidam "ao respeito mútuo, ao encontro, ao diálogo, à partilha e ao intercâmbio de vida e à solidariedade” (ibd.). O intercâmbio da vida é prefigurado em Jesus e se resume nas palavras "doação”, "desprendimento” e "esvaziamento” (16). Por conseguinte, "todo relacionamento é [...] chamado a acontecer na gratuidade. À semelhança de Cristo Jesus que, saindo de si, foi ao encontro dos outros, nada esperando em troca (cf. Fl 2,5ss)” (9). O discípulo missionário "é chamado a profeticamente questionar, através de suas escolhas e atitudes, um mundo que se constrói a partir da mentalidade do lucro e do mercado” (DGAE n. 9). A gratuidade corta "a raiz mais profunda da violência, da exclusão, da exploração e de toda discórdia” (9). Ela é a "vitória sobre a ambição” (69). Num mundo dominado por lucro e mercado, por vingança e ressentimento, a acolhida gratuita do outro significa despojamento e perdão. São atitudes proféticas que fazem parte de um mundo novo, do outro mundo que é possível, do Reino de Deus no meio de nós (cf. 9s, 140).
Gratuidade e alteridade lembram o que já foi dito no documento "Evangelização e missão profética da Igreja” da 43ª Assembleia Geral, de 2005: "Evangelizar é uma ação eminentemente profética, anúncio de uma Boa-Nova portadora de esperança. A profecia será, pois, a forma mais eficaz de anunciar a Boa Nova” (Evangelização e missão, cap. 1).
Aonde vais, Igreja? Não estamos indo por aí, sem rumo. As reais urgências e os verdadeiros anseios do povo de Deus revelam-se nas entrelinhas das DGAE: a Igreja profética, o reconhecimento da alteridade, a gratuidade da missão e a fidelidade a Jesus Cristo crucificado e ressuscitado no meio do povo. Aí se encontra a possibilidade de a Igreja no Brasil interromper a fuga e ser, o que deve ser: "expressão da encarnação do Reino de Deus no hoje de nossa história” (141).
Missiólogo e assessor teológico do Cimi
Adital
Objetivo Geral das Diretrizes é musicado
“Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”.
Este é o objetivo das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), documento aprovado pela assembleia geral da CNBB em maio deste ano, que pode também ser o objetivo da Evangelização da Igreja no Brasil. Para facilitar sua assimilação, o objetivo foi musicado e começa a ser divulgado pela CNBB.
“Esta iniciativa quer ser um instrumental de divulgação e assimilação das Diretrizes, pois a música facilita a memorização de um texto”, explica o autor da música, padre José Carlos Sala, assessor da CNBB para Música Litúrgica.
A composição seguiu literalmente o texto do objetivo com a palavra “Evangelizar” aparecendo como refrão no início, no meio e no final da música. “Esta repetição de “Evangelizar” quer reforçar o chamado e, ao mesmo tempo, o envio dirigido a todo o discípulo missionário”, recorda padre Sala.
A melodia é de fácil assimilação e possibilita a participação de todos, culminando nos versos “para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. “O solista antecipa este horizonte que é vislumbrado e assumido por todo o coro”, esclarece o autor da música. “Que esta música ajude a despertar o encantamento da Igreja do Brasil pelas Diretrizes para e sejam assumidas com vigor e entusiasmo”, completa padre Sala
CLIQUE NO LINK ABAIXO
BAIXE AQUI
Segue um otimo texto do Padre Alfredinho.
"Estamos chegando das velhas senzalas,
estamos chegando das novas favelas,
das margens do mundo nós somos,
viemos dançar".
(MISSA DOS QUILOMBOS)*
Segue um otimo texto do Padre Alfredinho.
"Estamos chegando das velhas senzalas,
estamos chegando das novas favelas,
das margens do mundo nós somos,
viemos dançar".
(MISSA DOS QUILOMBOS)*
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
ESCOLA PROJETO DIOCESANO DE PASTORAL - LITURGIA
Paz e luz do Senhor Jesus!!
Estamos trabalhando para mais uma nova turma da Escola.
Atendendo solicitação abrimos mais uma turma para a Escola Diocesana.
E o inicio das aulas será no dia 08 de Agosto as 19h. É uma semana por mês, sempre na segunda semana do mês.
Este ano teremos aula nos meses de: Agosto, setembro, outubro e novembro.
Ainda temos umas vagas, por isso convidamos a vir fazer parte desta turma ou que seja um divulgador da mesma.
A Escola é um Curso de extensão da UCDB.
Alguma dúvida ou ... entre em contato.
Teremos um diferencial para os que participarão da Escola sem visar o diploma como curso de extensão da UCDB.
A Escola é um projeto diocesano de pastoral.
O meu telefone é 99197347 ou 84723301.
Aguardo seu contato e segue a ficha de inscrição.
Jairce - Coordenadora da Escola
Estamos trabalhando para mais uma nova turma da Escola.
Atendendo solicitação abrimos mais uma turma para a Escola Diocesana.
E o inicio das aulas será no dia 08 de Agosto as 19h. É uma semana por mês, sempre na segunda semana do mês.
Este ano teremos aula nos meses de: Agosto, setembro, outubro e novembro.
Ainda temos umas vagas, por isso convidamos a vir fazer parte desta turma ou que seja um divulgador da mesma.
A Escola é um Curso de extensão da UCDB.
Alguma dúvida ou ... entre em contato.
Teremos um diferencial para os que participarão da Escola sem visar o diploma como curso de extensão da UCDB.
A Escola é um projeto diocesano de pastoral.
O meu telefone é 99197347 ou 84723301.
Aguardo seu contato e segue a ficha de inscrição.
Jairce - Coordenadora da Escola
2° Festival Latino Americano d2° Festival Latino Americano das Juventudesas Juventudes
2011: 2° Festival das Juventudes
O 2° Festival Latino Americano das Juventudes em Fortaleza tem como tema “O canto de um novo mundo”. Nossa cidade convida os movimentos de juventudes e os jovens da cidade, do nosso estado, do Brasil e da América Latina a estar juntos nesse lugar organizado para os nossos encontros.
A ideia é que o Festival seja organizado de forma descentralizada e tenha como parte integrante de sua organização os comitês locais de mobilização.
O Festival é um espaço preparado para receber também encontros políticos e culturais propostos pelas organizações e movimentos. De 8 a 11 de outubro, Fortaleza será o nosso canto, o nosso lugar. As inscrições serão individuais e de atividades autogestionadas e poderão ser feitas entre julho e agosto. Fique ligado nas notícias sobre o 2° Festival e agende-se.
A ideia é que o Festival seja organizado de forma descentralizada e tenha como parte integrante de sua organização os comitês locais de mobilização.
O Festival é um espaço preparado para receber também encontros políticos e culturais propostos pelas organizações e movimentos. De 8 a 11 de outubro, Fortaleza será o nosso canto, o nosso lugar. As inscrições serão individuais e de atividades autogestionadas e poderão ser feitas entre julho e agosto. Fique ligado nas notícias sobre o 2° Festival e agende-se.
O Festival pretende ser um espaço de intercâmbio entre movimentos e políticas de juventude e um encontro das diversas formas de organização juvenil.
Inscrições abertas para Festival Latino Americano das Juventudes
Com o tema O Canto de Um Novo Mundo, o evento trará debates, apresentações artísticas, feira da economia solidária, etc.
O II Festival Latino Americano das Juventudes em Fortaleza está com inscrições abertas para participantes, por meio do site www.fortaleza.ce.gov.br/festivaldasjuventudes. São 10 mil vagas gratuitas, sendo 7 mil com alojamento e 3 mil sem alojamento. O Festival pretende ser um espaço de intercâmbio entre movimentos e políticas de juventude e um encontro das diversas formas de organização juvenil, a partir de atividades propostas e organizadas por jovens.
Com o tema O Canto de Um Novo Mundo, o evento trará, na programação, debates, palestras, apresentações artísticas espontâneas, apresentações de shows com bandas locais, nacionais e internacionais, encontros de movimentos, feira da economia solidária, entre outras atividades. Em 2010, a primeira edição do Festival, com o tema A América Latina e as Lutas Juvenis, reuniu mais de 5 mil jovens alojados e mais de 25 mil participantes em todas as atividades, entre shows, oficinas, atividades sociais e políticas.
Inscrições de Participantes
- As inscrições acontecerão até o dia 14 de agosto ou até preenchermos as 7 mil vagas de alojados(as). Além disso, teremos 3 mil vagas para participantes sem alojamento. As inscrições podem ser prorrogadas.
- Quem não tem 18 anos completos deverá imprimir a ficha de autorização para que o responsável legal assine. Deverá ser anexada a este documento a cópia da identidade ou certidão de nascimento do participante.
- Todo(a) participante deve estar ciente que para acampar no local tem que levar sua barraca.
joabes rodrigues
RJNE/ Representante da juventude territorio itapetinga
PJ Itarantim-Ba
cel: (73)81788152
Ubirajara Figueiredo Sagueiro
RJNE \ PJR
Tel (75) 8142-2450
(75) 9154-8663
E-mail: ubrajaraf26@gmail.com
u.bi.rajarafsa@hotmal.com
pjr-fsa.bolgspot.com.br
Ubirajara Figueiredo Sagueiro
RJNE \ PJR
Tel (75) 8142-2450
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u.bi.rajarafsa@hotmal.com
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O Massacre da Juventude por padre Alfredo
Massacre da juventude
Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
“Tá lá o corpo estendido no chão, em vez de rosto, uma foto de um gol;
Em vez de reza, uma praga de alguém, e um silêncio servindo de amém”.
O bar mais perto depressa lotou, malandro junto com trabalhador;
Um homem subiu na mesa do bar e fez um discurso para vereador.
Veio um camelô vender anel, cordão, perfume barato,
E a baiana pra fazer pastel e um bom churrasco de gato.
Quatro horas da manhã baixou o santo na porta-bandeira,
E a moçada resolveu parar e então... tá lá o corpo estendido no chão.
Sem pressa foi cada um pro seu lado, pensando numa mulher ou num time;
Olhei o corpo no chão e fechei minha janela de frente pro crime”.
João Bosco, De frente pro crime
A canção de João Bosco sugere uma leitura, ao mesmo tempo, polifônica e polissêmica da violência no universo urbano. Polifônica, na medida em que estão em jogo linguagens sobrepostas, tais como ao do malandro mesclada com a do trabalhador, a do candidato a vereador, a do camelô, a da baiana do pastel, a da moçada, como também a dos curiosos que vão se juntado no bar e na rua. Polissêmica, porque os símbolos expressam significados e enfoques diversos, de acordo com o olhar de cada protagonista: o comerciante, o político, o observador à janela, a multidão de transeuntes. O silêncio, por exemplo, nos remete tanto ao “amém” coletivo da oração quanto à indiferença individual de quem se dispersa “pensando numa mulher ou num time” ou de quem “fecha a janela de frente pro crime”.
Corpos estendidos no chão, círculo de curiosos e de policiais, sirenes de ambulância, comentários diversificados e contraditórios, holofotes e câmeras, repórteres e microfones, familiares em cabisbaixos, mães em desespero, peritos da criminologia... Tudo isso forma um cenário bem conhecido não apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, mas também, atualmente, de todas as capitais brasileiras e de não poucas cidades médias e até pequenas. Isso para nos limitarmos ao mundo urbano, pois a zona rural brasileira não é menos pródiga em cadáveres expostos, resultado dos conflitos pela posse da terra.
Mas as estatísticas costumam ter uma visão mais aguçada do que o olhar nu. Ou seja, ao somar, multiplicar e comparar, os estudiosos tiram conclusões que o olho humano não é capaz de enxergar. Uma dessas conclusões, talvez a mais imediata, é que grande parte dos corpos estendidos pelo chão pertencem a pessoas entre os 15 e 25 anos, ou seja, são adolescentes e jovens. Acrescente-se a isso o fato de boa quantidade deles ter sido executada pelos próprios comparsas nas disputas pelo mercado clandestino do narcotráfico ou, mais grave ainda, por grupos para-militares constituídos para esse fim. E não podemos esquecer que uma porcentagem nada desprezível jamais havia passado pela policia, ou se envolvido contato com o crime e a droga. Que o digam as centenas de mães, pais, irmãos e famílias, órfãs de seus filhos, muitos dos quais trabalhadores assíduos e sem ficha criminal.
Quanto aos que são assassinados no confronto direto com as forças policiais, ou por estas eliminados antes de chegar à delegacia, uma série de perguntas se levantam. Por que são tão facilmente aliciados para a violência, o narcotráfico, o crime e o consumo de drogas? Boa parte estaria na escola, se as famílias de onde se originam não vivessem em condições tão precárias. Outros, concluídos os estudos e devidamente capacitados, poderiam já estar empregados, não fossem as empresas tão rígidas quanto à necessidade de experiência prévia. De uma forma ou de outra, um fundo de exclusão social explica os males da superfície.
Há, entretanto, uma pergunta mais inquietante: por que tantos jovens de classe média ou média baixa, com todas as condições de se capacitarem, formam gangues com o objetivo puro e simples da violência? Não são raros os casos de grupos racistas, fundamentalistas ou neofacistas perpetrarem uma série de agressões ao povo da rua, aos travestis e às mulheres prostituídas, como também às minorias étnicas em geral. Inclui-se aqui, por exemplo, os ataques a nordestinos, imigrantes, negros e indígenas. Os grupos extremistas e extremamente violentos de funk e skinheads semeiam o medo e às vezes a morte para aqueles que se aventuram pela vida noturna das cidades.
De onde vem semelhante comportamento agressivo? A verdade é que a sociedade moderna ou pós-moderna retirou da família o direito e o dever de impor limites às crianças, adolescentes e jovens. Instituições como a escola, as igrejas, os diversos tipos de esporte, as associações e movimentos sociais não conseguem tomar a si essa tarefa. Sobra para a polícia impor limites, mas aí já é tarde demais! No fundo, o conceito de liberdade se reduz a fazer o que se quer, não o que constrói. Some-se agora, de um lado, a vulnerabilidade de grande parte da população, o desemprego e subemprego, a dificuldade de estabelecer limites no processo formativo e, de outro lado, a facilidade de acesso às armas e drogas, os apelos e a permissividade solta, resulta o fácil aliciamento para o crime organizado. Numa palavra, por que estudar e trabalhar se há vias mais curtas para a riqueza e o sucesso? Por que seguir pela estrada legítima se os atalhos encurtam caminho? Para usar uma expressão cara a Galimberti, o “futuro-promessa” tornou-se “futuro-ameaça” (GALIMBERTI, Umberto, in L’ospite inquietante, Il nichilismo e i giovani, Ed. Feltrinelli, Roma, 2007).
Os analistas sociais, porém, não param por aí. Confirmam com suas estatísticas aquilo que nós intuímos no dia-a-dia. Uma porcentagem maior de negros faz parte do número de “corpos estendidos no chão”. Estigmatizados desde os tempos da escravidão, seguem sendo as principais vítimas do extermínio diário. Razões não faltam para isso. Originários de famílias historicamente mais vulneráveis, exibem imensas dificuldades de acesso à escola, em particular aos estudos superiores. Tendo uma qualificação profissional relativamente inferior, encontram maiores dificuldades de empregos bem remunerados, o que agrava ainda mais a situação precária da família. E assim se fecha o círculo vicioso.
Convém sublinhar que, nesse fator de exclusão, pesa igualmente o racismo implícito ou explicito da sociedade brasileira. O texto da Lei Áurea, assinado pela Princesa Isabel a 13 de maio de 1888 – abolição da escravatura – deixava à população negra um legado de liberdade mesclada com miséria e falta de reais oportunidades. Mais do que os negros, foram os senhores escravagistas que se livraram de uma mão-de-obra custosa para adotar a compra e venda do trabalho assalariado, característica da economia capitalista (MARTINS, Jose de Souza, in O Cativeiro da Terra). Fechados os caminhos largos do trabalho e do emprego decente, sobra em geral para os afro-brasileiros os serviços mais pesados e perigosos, mais sujos e mal remunerados. Igual sina sofrem, aliás, os imigrantes em situação irregular.
A canção de João Bosco traz à tona, ainda, a solidão e o anonimato da cidade. O corpo estendido no chão parece desfigurado, não tem rosto, não é identificado. Há uma única alusão à “foto de um gol”, como se ali estivessem seus laços mais sagrados. Não há familiares para chorar e rezar sua partida tão repentina. Provavelmente será transladado para o Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, enterrado como indigente. Sobre o corpo, em lugar de mármore, flores e um respeitoso “aqui jaz”, apenas um monte de terra com uma cruz e um número. Nem sequer um nome, tão somente um número na imensidão do mar urbano!
Conclui-se que questões de classe e de racismo se fundem para a eliminação precoce dos pobres e dos negros. Simultaneamente dentro e fora do cenário, os curiosos, os transeuntes, os malandros e trabalhadores do bar e o observador solitário – se afastam “cada um pro seu lado”, já com o pensamento fixo “numa mulher ou num time”; ou então fechando “a janela de frente pro crime”. O massacre contínuo da juventude, aos milhares e milhões por ano, cai numa indiferença generalizada. A mídia, qual bando de abutres, se debruça sobre cada vítima; a polícia, imune e impune, se utiliza da farda para atirar antes de pedir os documentos; os noticiários sensacionalistas expõem letras garrafais ou corpos crivados de bala. Espetacularizar alguns casos e o mesmo que legitimar a violência diária. Com efeito, os espetáculos exibem os extremos para cristalizar e naturalizar o cotidiano.
Enquanto isso, a multidão segue solitária e com pressa, formando rios humanos que desembocam nos terminais de ônibus, estações de metrô ou nas lojas, que fascinam e seduzem com seus artigos novos e reluzentes. Um transeunte transtornado solta gritos e lágrimas; um bêbado anônimo substitui a oração por uma praga; um terceiro se dá conta que isso é coisa diária... “Tá lá o corpo estendido no chão”.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
TARDE DE FORMAÇÃO CANTO E MÚSICA NO GRUPO DE JOVENS
TARDE DE FORMAÇÃO
CANTO E MÚSICA NO GRUPO DE JOVENS
A Arquidiocese de Campo Grande, visando integrar os diversos trabalhos com os grupos de jovens existentes em nossas paróquias, deseja realizar momentos de formação para ajudar as nossas lideranças a melhor desenvolver suas atividades e incentivar as ações que promovem a evangelização da juventude.
Para tanto, acontecerá no dia 13 DE AGOSTO, sábado, a partir das 14h, na Cúria Arquidiocesana, uma Tarde de Formação para Coordenadores de Grupos de Jovens.
A temática abordada será “Canto e Música no Grupo de Jovens”, visando capacitar para o uso da arte, canto e música como ferramenta de dinamização do Grupo de Jovens. Não existe a necessidade de ser atuante em música ou instrumentista para participar.
O encontro tem como objetivo: Possibilitar a troca de experiências artísticas entre os Grupos de Jovens, valorizando o papel da música e da cultura no trabalho pastoral; Discutir as diferenças entre cantos pastorais e música de mídia religiosa; e Promover a opção por músicas pastorais e populares com conteúdo transformador.
Pedimos seu apoio no sentido de motivar os agentes de pastoral que trabalham na evangelização da juventude em sua paróquia para participar deste momento de formação.
LEVAR ALIMENTO PARA PARTILHA
Faça sua Inscrição enviando nome completo, idade, função no grupo de jovens, comunidade, paróquia/cidade, pastoral/movimento ao e-mail: pjcampogrande@gmail.com
Discurso de dom Pedro Casaldáliga na Romaria dos Mártires - transcrito
Olá meus amigos pejoteiros
Depois de uma forte romaria, com a ousadia que nos impele, transcrevi o discurso de Pedro no final da missa da Romaria dos Mártires, como é transcrito, existem algumas dificuldades em ajeitar as palavras, mas fica o desafio de divulgarmos o máximo, para que não percamos de vista de que a PJ precisa cada vez mais explicitar sua opção pelo jovens e pelos pobres, sem medo de assumir publicamente a Teologia da Libertação, a Espiritualidade da Libertação e a vida eclesial da Libertação conforme nos interpela Pedro. Estando com ele em São Félix após a Romaria, afirmava da felicidade em ver tantos jovens assumindo esse projeto, não podemos perder de vista, de que somos responsáveis por essa luta, pelo simples e objetivo fato de assumirmos a identidade da PJ.
Na ternura do Reino
Renato Eder Munhoz
Educador
Educador
"Feliz de quem atravessa a vida tendo mil razões para viver"
(Dom Helder)
Los Hermanos - Artigo Selvino Heck
BAIXE AQUI
Boa tarde,
Envio artigo do Dr. Selvino Heck, Assessor Especial da Secretaria Geral da
Presidência da República, conhecimento e possível publicação.
Att.,
Clécima Márcia Campos
Assistente
Secretaria Nacional de Articulação Social
Secretaria-Geral da Presidência da República
(61) 3411-2403
Boa tarde,
Envio artigo do Dr. Selvino Heck, Assessor Especial da Secretaria Geral da
Presidência da República, conhecimento e possível publicação.
Att.,
Clécima Márcia Campos
Assistente
Secretaria Nacional de Articulação Social
Secretaria-Geral da Presidência da República
(61) 3411-2403
Posicionamento Pastoral ao ato do Padre Cássio
Partilhando o nosso apoio aos companheiros e companheiras de regente feijó.
Posicionamento Pastoral ao ato do Padre Cássio
A Pastoral da Juventude da Diocese de Presidente Prudente manifesta solidariedade aos Irmãos e Irmãs de fé e caminhada da Pastoral da Juventude e Juventude Missionária de Regente Feijó, que comprometidos com a causa do Cristo Libertador, evangelizam a Juventude, valorizando o seu protagonismo na busca da Civilização do Amor. Entretanto foram impedidos pelo Padre José Cássio Siqueira, de utilizarem o espaço comunitário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, para reunião semanal.
O fato ocorreu na noite do dia 24 de Julho de 2011.
Quando os jovens chegaram ao local para realizarem o encontro, o vigia disse que havia recebido ordens do Padre para não permitir a entrada da Juventude no Centro Comunitário.
Há mais de 10 anos os grupos desenvolvem trabalhos no local, segundo os membros não encontram motivos para o ocorrido. Sem respostas, procuraram pelo Padre que não quis recebê-los.
O trabalho de evangelização da juventude deve ser priorizado conforme mostra as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil - CNBB (2011-2015), conforme item 81 do documento:
81. Atenção especial merece os nossos jovens. A beleza da
juventude e os inúmeros desafios para a plenitude de sua
vida exigem urgentes iniciativas pastorais nas diversas
instâncias de nossa ação evangelizadora.
Não permitir o trabalho dos jovens na comunidade é não apenas ir contra as diretrizes da CNBB, mas ser contrario aos sinais do Reino é inviabilizar o dialogo fraterno entre o clero e os leigos, ou seja, estabelecer uma relação onde o leigo está submisso as ordens do clero, impossibilitando a experiência de uma Igreja de comunhão e igualdade.
Em sintonia com a Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens, e baseado em princípios morais que pregamos a partir do próprio Evangelho de Justiça, Verdade e Igualdade repudiamos este ato. Somos contra qualquer tipo de ação arbitraria que interfira no jeito jovem de ser Igreja, contudo somos favoráveis ao dialogo fraterno, para que possamos vivenciar a maturidade da fé, que nos permite corrigir e também sermos corrigidos, como Irmãos e Irmãs em Cristo, sem opressores ou oprimidos.
Somos a favor de uma Igreja libertadora, de respeito mútuo e de transformação social.
“Tenho que andar, tenho que lutar, ai de mim se não o faço! Como escapar de Ti? Como não falar? Se Tua voz arde em meu peito!”
Pastoral da Juventude
Diocese de Presidente Prudente
Portal PJ para Conferência de Juventude e Conjuve: http://conferencia.pj.org.br
É com alegria que a PJ disponibiliza uma área no site nacional como Portal para a Conferência de Juventude 2011:
http://conferencia.pj.org.br
Já há uma série de materiais disponíveis e constantemente deixaremos todas as informações necessárias para grupos de jovens e coordenações participarem do processo!
Mantenha-se em contato conosco também pelo endereço eletrônico: conjuve@pj.org.br
Abraços,
--
ALEX - Alexandre Piero
PJ - Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE)
Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Juventude 2011
(11) 8783-7337 (Tim)
www.ale.pro.br
www.twitter.com/alexandrepj
www.facebook.com/alexandrepj
http://conferencia.pj.org.br
Já há uma série de materiais disponíveis e constantemente deixaremos todas as informações necessárias para grupos de jovens e coordenações participarem do processo!
Mantenha-se em contato conosco também pelo endereço eletrônico: conjuve@pj.org.br
Abraços,
--
ALEX - Alexandre Piero
PJ - Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE)
Comissão Organizadora da Conferência Nacional de Juventude 2011
(11) 8783-7337 (Tim)
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Seminário JuventudeS
Segue anexo a carta-convite para o Seminário Juventudes.
desde já, contamos com sua presença!
Forte abraço, boa semana!
Elisamar
BAIXAR AQUI
desde já, contamos com sua presença!
Forte abraço, boa semana!
Elisamar
BAIXAR AQUI
Roteiro Campanha Contra a Violência - Juventude e Consumismo: o que nos é necessário para viver com dignidade
Juventude e Consumismo: o que nos é necessário para viver com dignidade?
Blog Juventude Contra Violência - http://migre.me/5lWbC
Produzido pela jovens Franciele Garcia e Manoela Neutzling, militantes da PJ da Arquidiocese de Pelotas (RS),você pode baixar o roteiro no blog pelo link: http://migre.me/5lWeE
Franciele e Manoela (PJ de Pelotas) |
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Retiro Diocesano para Semana do Estudante
“O medo de sofrer, não nos privará do direito de Viver”.
Alexsander S. Arguelo – 20 de Julho 2011
Olá juventude da Diocese de Jardim do Mato Grosso do Sul!
Vamos juntos preparar a Semana do Estudante 2011 e também iremos fazer uma formação para novas lideranças juvenis, o encontro acontecera na cidade de Dois Irmãos do Buriti nos dias 05, 06 e 07 de Agosto.
A Semana do Estudante deste ano traz o Tema; Juventude negra e indígena: comunidades de resistência, e o Lema; Dos tambores e cirandas à luta pela vida. O encontro acontecerá no dia 05/08 às 20 horas e se encerrará no dia 07/08 com o almoço.
A taxa de contribuição para a realização do encontro é de R$ 13,00 por pessoa. Todos devem confirmar presença com antecedência para que possamos nos preparar para recebê-los neste encontro.
Nome: AMARAI CRISTINA LEAL SIMÃO
Banco: BANCO DO BRASIL BANCO - 01
Conta: 9.515-X
Agencia: 3093-7
E-mail: amaraileal@hotmail.com
Cel: 96578273
Os participantes devem trazer;
· Bíblia,
· Oficio Divino da Juventude (ODJ),
· Bandeiras dos Grupos
· Material para anotação (papel e caneta etc.)
· Copos, Pratos e Talheres, Caneca para Água para preservação do meio ambiente!!
· Colchões e Roupa de Cama *Obrigatório
· Dinâmicas para animação do Encontro
· Apresentações para a Noite Cultural (Sábado à Noite)
· Muita alegria e Disponibilidade para Participar
OBS.: Os Grupos de Jovens podem e devem Trazer Instrumentos musicais. A animação do entronco e responsabilidade de todos os participantes.
Atenciosamente:
Coordenação diocesana da Pastoral da Juventude Diocese de Jardim do Mato Grosso do Sul
Alexsander Silva Arguelo - Aquidauana Cel. 9221 5629 claro E-mail e MSN: espiritosoff@hotmail.com
Pastoral da Juventude Nacional: http://www.pj.org.br/
Cronograma
Sexta Feira dia 05 de Agosto
20:00 Acolhida das cidades até a hora do Jantar
21:00 Jantar
22:00 Palavra da Coordenação Diocesana e Assessoria da PJ Diocesana de Jardim – Pe. Altair
22:30 Oração da Noite
23:00 Dormir
Sábado dia 06 de Agosto
07:00 Despertar
08:00 Café da manha
08:30 Oração da manha
08:15 Animação
08:30 Compromisso e Responsabilidade da PJ da Diocese de Jardim (Alexsander)
09:30 Tema: Juventude negra e indígena: comunidades de resistência, e o Lema: Dos tambores e cirandas à luta pela vida. (abertura Alexsander)
09:40 Juventude Indígena CIMI
10:30 Animação
12:00 Almoço
13:45 Animação
14:00 Juventude Negra (Confirmar Vilma Associação dos Kilombolas)
15:00 Animação
15:15 Trabalho em Grupos (Semana Dos Estudantes)
- Como trabalhar com o tema da semana dos estudantes em nossas paróquias?
- Qual metodologia de trabalho em que seguiremos em Diocese para que todas paróquias trabalham na mesma forma?
- Qual será nosso papeis de coordenadores, para fomentar este trabalho para ser realizado?
16:00 Plenária do Trabalho em Grupo.
16:30 ARPJ
17:30 Banho
18:00 ODJ
20:00 Jantar
21:00 1º Encontro Da Semana Dos Estudantes
22:00 Lazer Cultural, estará disponível para cada cidade aplicar uma dinâmica ou canto, teatro, etc.
23:00 Dormir
Domingo dia 07 de Agosto
06:00 Despertar
07:00 Café da Manha
07:45 Oração Inicial
08:00 Assembléia Diocesana da Pastoral da Juventude
- Coordenação Diocesana.
- Projeto Diocesano
- Durantes sexta e sábado nos intervalos cada Forania preparar teu Calendário as Datas do ano de 2012 para que não possa tomar todo tempo da Assembléia.
- DNJ Diocesano 2011 Tema “Juventude e Protagonismo Feminino” e o lema ”Jovens mulheres tecendo relações de vida”. O DNJ busca inspiração no encontro de Jesus com a Mulher Samaritana (Jo. 4, 1-42).
- Aberto a outras pautas das coordenações
12:00 Almoço
13:00 Benção de Envio / Despedida
Desde Já Agradeço!
“Ninguém te despreze por seres jovem, ao contrário, toma-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade” (I Tim 4,12)
Aos Jovens espalhados por esse Brasil,
Com grande alegria as Pastorais da Juventude (PJ, PJE, PJMP e PJR), juntamente com a Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude divulgam o subsídio da SEMANA DO/A ESTUDANTE de 2011, que tem como objetivo de provocar a movimentação e dar oportunidade para que os/as jovens vivenciem com maior envolvimento o dia 11 de agosto, dia do/a estudante, data tão importante para Juventude. O material trás como temática nesse ano a discussão sobre as juventudes das comunidades negras e indígenas, que são pontos de resistência diária, recriando formas de viver, crer, educar e conceber a vida.
Esse ano a Semana do/a Estudante acontecerá de 08 a 14 de agosto, com o Tema: Juventude Negra e Indígena: Comunidades de resistência; e Lema: Dos tambores e cirandas à luta pela vida; Um momento para que a Juventude reflita sobre os jovens que por muito tempo e até os dias de hoje vivem à margem da sociedade, que exclui e desumaniza.
O subsídio propõe encontros, celebração, textos, vídeos, dinâmicas para serem trabalhadas. Além de propostas para o trabalho antes, durante e depois da Semana do Estudante, pois temos em vista que a grandiosidade da temática proposta não pode se esgotar em apenas uma semana, essa deve ser apenas a primeira de varias discussões sobre esta rica temática que carece aprofundamento, resistência e luta.
Então, façamos dessa Semana um ato de resistência, um momento de celebrar, festejar, mas acima de tudo de lutar por aquilo que é de direito, pela vida de muitos que já se foram nesses anos e de tantos outros que se perderam ao longo da história. O material trás base para que essa discussão seja profunda e transformadora, por isso divulguem e espalhem aos cinco cantos do Brasil o canto que o negro entoou, o grito da “Terra sem males”. Obs Levar já o Material Impresso !!!!!
Para fazer o download da cartilha e do cartaz da Semana do/a Estudante 2011 clique nos links abaixo:
Pastoral da Juventude
Pastoral da Juventude Rual
Pastoral da Juventude Estudantil
Pastoral da Juventude do Meio Popular
Rede Brasileira de Institutos de Juventude
Casa da Juventude - Padre Burnier
Atualizado em ( 24-Jul-2011 )
FOVOR IMPRIMIR!
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