sexta-feira, 6 de maio de 2011

A vivência da sexualidade

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A vivência da sexualidade

A sexualidade não permanece localizada apenas nas zonas
erógenas


O Papa Paulo VI, na Encíclica
Humanae Vitae (1968), esclarece o verdadeiro significado de duas
grandes realidades da vida matrimonial: o amor conjugal e a paternidade
responsável.

Do amor conjugal sublinha suas características: plenamente
humano, total, fiel e exclusivo, e fecundo. A conjugalidade (o amor conjugal)
traz em si mesma a fecundidade, a capacidade de gerar vida, o ter filhos e
filhas, porque é uma relação interpessoal autêntica, criativa. A fecundidade,
portanto, é fruto do amor conjugal e plenamente humana, por isso mesmo é
espiritual e sensível. É a íntima comunhão de toda a vida.

O Papa Paulo VI afirma mais: "Todo e
qualquer ato conjugal deve respeitar a sua bondade intrínseca própria que
contempla simultaneamente a dimensão unitiva (comunhão de vidas) e a dimensão
procriativa (capacidade de gerar vidas)".
A maternidade e a paternidade
responsáveis não devem ser reduzidas ao simples ato procriador de gerar o filho,
e sim serem vistas como um todo a partir das características do amor
conjugal.

A vida conjugal passa pelos diversos níveis da vida de amor – o
biológico, o eros, a amizade – até atingir o nível mais profundo, que é o ágape,
o amor-doação. Sendo assim, a maternidade e a paternidade têm que apresentar
características de respeito, solidariedade, doação.

O discernimento e a
decisão quanto ao número de filhos e quando vão tê-los é dos esposos, devendo
ser uma decisão pessoal, tomada diante de Deus.

O Papa João Paulo II, na Exortação
Apostólica Familiaris consortio (1981), destaca, de forma decisiva, a
abertura amorosa recíproca do casal, que os leva a uma abertura amorosa
procriadora, capaz de gerar filhos, tendo como mediação o aspecto sexual.

A sexualidade não permanece
localizada exclusivamente nas zonas erógenas, encontra-se no todo do sujeito,
enquanto ser corpóreo. A união sexual física entra como um elemento constitutivo
da própria maneira de ser homem e mulher e de seu amor conjugal. Não é apenas
mediação.

A busca por critérios éticos é uma procura antropológica pela
realização pessoal e pela maneira adequada de se relacionarem um com o
outro.

A vivência da sexualidade de acordo
com os valores cristãos é dar uma resposta ao chamado de Deus por meio de uma
vida digna e criativa.





(Texto extraído do livro:
"Sexualidade, o que os jovens sabem e pensam...").
Padre Mário Marcelo Coelho, SCJ
06/05/2011 - 08h20

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